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UDEMO | 17/02/14 11:00 | Atualizado em 17/02/14 11:09


Matéria publicada no Portal do Uol, 17 de fevereiro de 2014.

Estudava até no ônibus, diz caloura da USP que fez escola pública

Marcelle Souza

Aprovada no curso de engenharia de produção, Alice Rocha de Almeida, 17, estava "feliz e aliviada" ao ver seu nome na 1ª chamada da Fuvest (Fundação Universitária para o Vestibular), que seleciona para a USP (universidade de São Paulo) e para a Santa Casa. A lista foi divulgada nesta sexta (31).

Com jornada dupla -- escola técnica pela manhã e cursinho de tarde --, ela conta que estudava entre 7h e 20h, de segunda a sexta. Aos sábados, ela estudava de manhã e fazia os simulados do cursinho no período da tarde. O dia de "folga" era o domingo, quando ela se enfiava nos livros apenas de manhã.

"Só estudava e dormia", conta Alice. A rotina era puxada: das 7h às 11h30 ela estudava na "Etec Basilides de Godoy", na Vila Leopoldina. Às 14h15 começavam as aulas no cursinho --onde tinha uma bolsa de desconto-- e seguiam até 18h. "Às 13h, eu já estava na Paulista e estudava até 14h15", disse. Depois das 18h, ela ainda encarava leituras e exercícios até 20h.

Base boa

Alice acredita que por fazer uma boa escola pública -- as Etecs (escolas técnicas) costumam ser bem avaliadas -- ela conseguiu acompanhar as aulas do cursinho durante o 3º ano do ensino médio. Mas ela analisa: "se não tivesse feito cursinho, acho que não passaria".

Seu colega de Etec Gustavo Nascimento Bandeira, 17, que a acompanhou para ver a lista de aprovados na região da Paulista, conta que ela estudava o tempo todo. Nas aulas da Etec, "ela sentava no cantinho e estudava sozinha". 


 

 

 

 
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